Como identificar a dislexia?

É no início da fase escolar, principalmente na alfabetização, que começamos a notar se a criança tem algum distúrbio de aprendizado: troca letras, dificuldade de compreensão das atividades ou não tem o mesmo ritmo que os colegas. Um desses distúrbios de aprendizado pode ser a dislexia, caracterizada pela dificuldade de leitura e escrita, percebidas na decodificação e interpretação de letras e palavras. De acordo com especialistas, a dislexia atinge cerca de 5% a 10% da população infantil, e suas causas ainda não são totalmente conhecidas. O que se sabe é que o fator genético é preponderante (genes ligados ao desenvolvimento do cérebro no embrião e na criança). A dislexia é detectada, em geral, no início da alfabetização, na faixa dos 5 aos 7 anos. Há vários tipos de dislexia. Conheça um pouco mais sobre como esse distúrbio pode se desenvolver e fique atento em relação ao comportamento do seu filho.

Dislexia adquirida: é mais recorrente em adultos, e pode surgir depois de algum tipo de traumatismo craniano, derrame cerebral ou doenças neurodegenerativas;

Dislexia de desenvolvimento: é a dislexia típica do desenvolvimento da criança, sem uma causa aparente. Contrasta com a dislexia adquirida, que é consequência de alguma doença neurológica;

Dislexia fonológica: é a dificuldade de ler palavras desconhecidas;

Dislexia superficial: nesse tipo de dislexia, as palavras que são lidas da mesma forma que são escritas, como “bala”, não geram dificuldade, ao contrário das palavras cuja escrita não coincide com a pronúncia, dificultando a leitura (por exemplo, exercício – o x é pronunciado como um z);

Dislexia profunda ou mista: envolve dificuldade tanto no reconhecimento sonoro da palavra quanto na compreensão de seu significado.